Media that resists the Digital Age
I was asked to write an article for a major Brazilian newspaper on the state of the media industry in Brazil. To my pleasant and humble surprise, it was published right under the editorial! Here is the link of the original article:
http://www.jb.com.br/artigo/noticias/2018/02/28/midia-resiste-a-era-digital/
Media that resists the Digital Age
I wake my daughters up every day to music that inspires and motivates them, which they choose on Spotify. When they get home from school, they look for their favorite shows on Netflix and YouTube. My 7-year-old has to take a weekly news article to school for discussion, we find them online, and print it. We do have traditional media available such as CDs, a cable package with hundreds of channels, and newspaper subscriptions. My daughters do not care, and they are not alone. Given this challenging media environment, why would someone want to launch a newspaper? As it turns out, the future of democracy may depend on it.
According to Statista Digital Marketing Outlook, Brazil is the country with the highest hours spent on mobile at 4.5 a day. Brazilians are as social on digital media as they are in real life. They are in the top three in the world in terms of Facebook, Instagram, and WhatsApp users. Many experts consider Brazil to be the social media capital of the world. Brazilians use these new media to organize their legendary parties, to form protest movements, to run businesses, and to inform themselves. For instance, my father-in-law cancelled his newspaper subscriptions. He consumes most of his news through his Facebook feed.
Paradoxically, Brazilian advertisers do not spend as much on digital media as its usage would suggest. Historically and culturally, television networks have dominated Brazil’s media landscape. As the old adage says, Brazilian electoral polls are meaningless until the political campaigns start on television. According to the World Advertising Research Center, television currently commands a whopping 61% of total media expenditure in Brazil, while it is only 37% at the global level. For now, television continues to be a vital source of news and so much more for Brazilians. Nonetheless, if they live immersed in the cell phones, are they truly being informed by television?
Newspaper’s share of global media spent was 10% in 2016, compared to 30% in 2005. In Brazil, its share is even lower at 5%. The few newspapers that are thriving today are the ones that address a “job-to-be-done”. A job-to-be-done is a concept used by companies with a digital mindset that states that customers do not buy products or services, but rather they hire solutions for the “jobs” they need to have “done”. For instance, I do not buy an iPad for my daughters. I hire an iPad to perform the job of entertaining them. If the iPad does not perform its work, I will fire it and will hire something else, such as a pet, a new toy, or a ballet class. The iPad will be “disrupted.” The job-to-be-done of keeping the citizenry informed is more important than ever, especially in the age of “fake news”.
Two newspapers that are nailing the job-to-be-done are the New York Times and the Washington Post. They experienced a “Trump Bump” after Donald Trump’s election. They had record ratings and subscription growth through 2017 because people trust their reporting. I expect this trend to accelerate, as more Americans realize that they cannot trust all they read on social media. Having Jeff Bezos’ ownership helps the Washington Post. Its innovative “paywall” business model helps the New York Times. However, what is allowing these newspapers to thrive in the digital age is the fact they are fulfilling one of the most important jobs-to-be-done in a democracy, that of objectively informing society.
I am glad to witness the relaunch of JB with new management like the Washington Post, and with a new business model like the New York Times. Nevertheless, what I am more excited about is to see the job-to-be-done of trustworthy journalism strengthened in Brazil, especially in an election year. JB has positioned itself nicely to reinvent the whole newspaper industry in Brazil and perhaps the world. Along the way, it can become one of the guardians of Brazil’s democracy by keeping its society well informed.
Original article:
http://www.jb.com.br/artigo/noticias/2018/02/28/midia-resiste-a-era-digital/
Versão em Português
Foi convidado a escrever um artigo para um importante jornal brasileiro sobre o estado da indústria de mídia no Brasil. Para minha agradável e humilde surpresa, foi publicado embaixo do editorial! Aqui está o link original do artigo:
http://www.jb.com.br/artigo/noticias/2018/02/28/midia-resiste-a-era-digital/
Mídia que resiste à Era Digital
Todas as manhãs acordo minhas filhas com a música que as inspira e motiva e que elas mesmas escolhem no Spotify. Quando chegam da escola, elas procuram seus programas e séries favoritos seja na Netflix ou no YouTube. A mais velha de 7 anos tem como lição escolar levar semanalmente 1 notícia para discussão em sala de aula, e juntos buscamos por artigos on-line e os imprimimos. A mídia tradicional está também disponível no nosso lar, como CDs, TV a cabo com centenas de canais por assinatura, jornais e revistas, mas as minhas filhas não se interessam e não estão sozinhas. Diante do atual ambiente desafiador da mídia, o que levaria alguém a lançar um jornal? Como verão, o futuro da democracia pode depender disso.
De acordo com a Statista Digital Marketing Outlook, o Brasil é o país que passa o maior número de horas no celular, totalizando 4,5h por dia. Os brasileiros demonstram ser nas mídias digitais tão sociais quanto na vida real. Em termos de usuários do Facebook, Instagram e WhatsApp eles dominam, estando entre os três maiores do mundo. Muitos especialistas consideram que o Brasil é a capital das redes sociais. Os brasileiros usam esses novos meios de comunicação para organizar a balada, formar movimentos de protesto, gerir negócios e é claro manter-se informados. Por exemplo, meu sogro cancelou suas assinaturas de jornais, e hoje consome a maior parte de suas notícias por meio do seu feed do Facebook.
Paradoxalmente, os anunciantes brasileiros não gastam tanto na mídia digital como o uso da mesma sugeriria. Historicamente e culturalmente, as redes de televisão dominaram o panorama da mídia no Brasil. Como diz o velho ditado, as pesquisas eleitorais brasileiras não fazem sentido até que as campanhas políticas começam na televisão. De acordo com o World Advertising Research Center, a televisão atualmente controla 61% da despesa total da mídia no Brasil, enquanto isso é apenas 37% no nível global. Por enquanto, a televisão continua a ser uma fonte vital de notícias e muito mais para os brasileiros. Mas, se eles vivem imersos no celular, estão mesmo sendo informados pela televisão?
A participação do jornal na despesa de mídia global foi de 10% em 2016, contra 30% em 2005. No Brasil, sua participação é ainda menor, representando apenas 5%. Os poucos jornais que estão prosperando nos dias de hoje são aqueles que tem uma abordagem voltada para o “trabalho-a-ser-feito”. Aliás, só as empresas e professionais que se foquem num job-to-be-done prosperaram nesta era digital. O trabalho-a-ser-feito (job-to-be-done) é um conceito usado por empresas com mentalidade (mindset) digital que afirma que os clientes não compram produtos ou serviços, mas sim contratam soluções para os “trabalhos” a serem feitos. Por exemplo, eu não compro um iPad para minhas filhas, eu “contrato” um iPad para desempenhar o trabalho de entretê-las. Se a iPad não desempenha o seu trabalho, eu certamente a demitirei, e contratarei outra coisa como um animal de estimação, um brinquedo novo, ou uma aula de ballet. A iPad será “disrupted”. O “job-to-be-done” de manter os cidadãos bem informados é mais importante do que nunca, especialmente na era das “notícias falsas” ou “Fake News”.
Dois jornais que estão acertando neste job-to-be-done são o New York Times e o Washington Post. Após a eleição de Donald Trump eles experimentaram um “Trump Bump”. Apresentaram recorde de ratings e crescimento de assinaturas. Isso ocorreu porque os leitores confiam em seus relatórios. Espero que essa tendência se acelere, já que mais americanos perceberam que não podem confiar em tudo o que lêem nas redes sociais. A gestão do Jeff Bezos ajuda o Washington Post. O modelo inovador de negócio “paywall” ajuda o New York Times. No entanto, o que está permitindo que esses jornais prosperem na era digital é o fato de que eles estão cumprindo um dos mais importantes jobs-to-be-done em uma democracia, a de informar objetivamente a sociedade.
Fico feliz em testemunhar o relançamento do JB com uma nova gestão como o Washington Post, e com um novo modelo de negócios como o New York Times. No entanto, o que estou mais entusiasmado é de ver o job-to-be-done do jornalismo confiável fortalecido no Brasil, especialmente em um ano eleitoral. O JB posicionou-se bem para reinventar toda a indústria de jornais no Brasil e talvez no mundo. Ao longo do caminho, pode se tornar um dos guardiões da democracia brasileira, mantendo sua sociedade bem informada.
Artigo original:
http://www.jb.com.br/artigo/noticias/2018/02/28/midia-resiste-a-era-digital/
Versión en Español
Me pidieron que escribiera un artículo para un importante periódico brasileño sobre el estado de la industria de medios en Brasil. Para mi agradable y humilde sorpresa, ¡fue publicado justo debajo del editorial! Aquí está el link original del artículo:
http://www.jb.com.br/artigo/noticias/2018/02/28/midia-resiste-a-era-digital/
Medios que resisten la Era Digital
Despierto a mis hijas todos los días con música que las inspira y motiva, que ellas mismas eligen en Spotify. Cuando llegan a casa del colegio, buscan sus programas favoritos en Netflix y YouTube. Mi hija de 7 años tiene que llevar un artículo de noticias semanalmente a la escuela para discusión, lo encontramos en la internet, y lo imprimimos. Tenemos medios tradicionales disponibles como CDs, un paquete de cable con cientos de canales, y suscripciones a periódicos. A mis hijas no les importa, y no están solas. Dado este entorno de medios desafiante, ¿por qué alguien querría lanzar un periódico? De hecho, el futuro de la democracia puede depender de ello.
Según Statista Digital Marketing Outlook, Brasil es el país con el mayor número de horas dedicadas a la telefonía móvil per capita con 4.5 por día. Los brasileños son tan sociales en los medios digitales como lo son en la vida real. Se encuentran entre los tres primeros del mundo en términos de usuarios de Facebook, Instagram y WhatsApp. Muchos expertos consideran que Brasil es la capital mundial de las redes sociales. Los brasileños usan estos nuevos medios para organizar sus legendarias fiestas, formar movimientos de protesta, administrar negocios, y para mantenerse informarse. Por ejemplo, mi suegro canceló sus suscripciones de periódicos. Él consume la mayoría de sus noticias a través de su feed de Facebook.
Paradójicamente, los anunciantes brasileños no gastan tanto en medios digitales como su uso sugiere. Histórica y culturalmente, las redes de televisión tradicional han dominado los medios de Brasil. Como dice el viejo refrán, las encuestas electorales brasileñas no tienen sentido hasta que las campañas políticas comienzan en la televisión. Según el World Advertising Research Center, la televisión actualmente cuenta con un enorme 61% del gasto total en medios en Brasil, mientras que la cifra a nivel mundial es solamente 37%. Por el momento, la televisión continúa siendo una fuente vital de noticias y mucho más para los brasileños. Sin embargo, si viven inmersos en sus teléfonos celulares, ¿están realmente siendo informados por la televisión?
A nivel mundial, la inversión en periódicos como porcentaje de la inversión total en medios fue de 10% en 2016, en comparación con 30% en 2005. En Brasil, su participación es aún menor, con 5%. Los pocos periódicos que prosperan hoy son los satisfacen un “job-to-be-done” o “trabajo-a-ser-hecho”. Un job-to-be-done es un concepto utilizado por las empresas con mentalidad digital que postula que los consumidores no compran productos o servicios, sino que contratan soluciones para los “trabajos” que necesitan ser “hechos”. Por ejemplo, yo no compro un iPad para mis hijas. Yo contrato un iPad para realizar el trabajo de entretenerlas. Si el iPad no realiza su trabajo, lo despediré y contrataré algo más, como una mascota, un juguete nuevo, o una clase de ballet. El iPad será “disrupted”. El job-to-be-done de mantener a la ciudadanía informada es más importante que nunca, especialmente en la era de las “noticias falsas” o “fake news”.
Dos periódicos que están satisfaciendo el jobs-to-be-done son el New York Times y el Washington Post. Ellos experimentaron un “Trump Bump” después de la elección de Donald Trump. Ellos tuvieron ratings records y crecimiento de suscripciones durante el 2017 porque las personas confían en lo que reportan. Espero que esta tendencia se acelere, ya que cada vez más estadounidenses se dan cuenta de que no pueden confiar en todo lo que leen en las redes sociales. Tener la gestión de Jeff Bezos ayuda al Washington Post. Su innovador modelo de negocio “paywall” ayuda al New York Times. Sin embargo, lo que está permitiendo que estos periódicos prosperen en la era digital es el hecho de que están cumpliendo uno de los jobs-to-be-done más importantes a realizar en una democracia, el de informar objetivamente a la sociedad.
Me complace presenciar el relanzamiento de Jornal do Brasil con nueva gestión como el Washington Post y con un nuevo modelo de negocios como el New York Times. Sin embargo, lo que más me entusiasma es ver el jobs-to-be-done de un periodismo confiable fortalecido en Brasil, especialmente en un año electoral. El Jornal do Brasil se ha posicionado para reinventar la industria del periodismo en Brasil y quizás en todo el mundo. Durante el camino, puede convertirse en uno de los guardianes de la democracia en Brasil al mantener a su sociedad bien informada.
Artículo original:
http://www.jb.com.br/artigo/noticias/2018/02/28/midia-resiste-a-era-digital/
1,102 total views, 1 views today
Felicidades!!! Of course they published you under the editorial. It’s where you deserve to be!!! Very well written again! PS. I thought it was funny how you “hire an iPad”